De todos os fornecedores envolvidos num casamento, os do local de cerimónia e copo d’água devem ser os primeiros a ser reservados. É onde a maioria do evento vai acontecer (senão todo, caso a cerimónia seja feita no mesmo local que o copo d’água) e é provavelmente o que vai retirar a maior fatia do vosso orçamento.
Juntamente com a data, esta é a escolha que irá influenciar tudo o resto (até a própria data, dependendo das vossas prioridades – se o espaço em causa for extremamente importante para vocês, poderão estar dispostos a mudar o dia do evento para o manter).
A primeira coisa a ter em conta é a área geográfica onde o evento vai acontecer: é comum ser próximo do local de origem do casal, mas e se cada um pertencer a áreas diferentes? Há várias opções:
- Podem optar pela cidade natal de um dos noivos (ou das noivas). Mas assim sendo, de qual? Recorre-se ao sempre justo e indiscutível método de resolução de conflitos “Pedra, Papel, Tesoura”? É uma opção válida;
- Ir ao mapa medir os quilómetros de um lado ao outro e escolher o ponto exactamente ao meio. Se calhar no meio de um rio, é apenas uma questão de adaptação;
- Brincadeiras à parte, o ideal será falarem entre vocês e tentarem perceber se é mais importante para um ou para outro ser no local de origem. Afinal, é apenas uma decisão de uma vida inteira de trabalho em equipa e é importante começar bem.
Caso nenhum (ou nenhuma) faça questão de casar “perto de casa”, podem escolher um sítio que tenha feito sentido para vocês enquanto casal, mesmo que seja mais longe, ou aproveitar para conhecer um lugar novo, dentro ou fora do país de origem (porque não fazer um Destination Wedding, por exemplo?).
Escolhida a área geográfica, é altura de começar a pensar em espaços específicos e para isso convém ter já uma ideia bem definida do vosso orçamento (como referimos, esta será a vossa maior despesa) e do tipo de casamento que querem ter:
- A cerimónia será religiosa, civil ou simbólica?
- Preferem um evento ao ar livre, de estilo rústico, ou algo moderno, no interior com mesas em vidro e efeitos de luz?
- Serviço volante, ou à mesa?
Com a resposta a estas questões em mente, é altura de fazer o filtro dos muitos espaços disponíveis para chegarem ao ideal para vocês.
Uma óptima forma de começar esta “filtragem” é atentar às classificações e comentários de quem já usufruiu desses fornecedores:
- Como é que o local é visto de forma geral, ou seja, qual é a sua classificação e quantos comentários tem?
- O que salientam as opiniões dos utilizadores de positivo ou negativo?
- E em caso de comentários negativos, existe uma resposta por parte dos responsáveis do local? Se sim, como foi?
Este é um ótimo ponto de partida para diminuir o número de opções que se adequam ao que pretendem.
Há muitos espaços e quintas de casamentos ao longo do país e nem todas têm o mesmo tipo de serviços e preços.
Nas chamadas “zonas casamenteiras”, como por exemplo Sintra, é possível encontrar muitos locais dedicados à celebração de casamentos, o que é excelente em termos de variedade de escolha. Contudo, estas zonas podem também tornar-se mais dispendiosas, devido a essa “fama casamenteira”, o que é algo a considerar durante esta busca pelo sítio ideal.
Há ainda que ter em conta que o processo de casamento apenas pode ser aberto seis meses antes da data do evento. Caso a cerimónia seja oficiada por um notário da Conservatória do Registo Civil, esta janela de tempo pode levar a alguma incerteza com a data, mas nada temam! Ao invés de esperarem e na data apropriada começarem a correr para a conservatória mais próxima como para o Colombo em manhã de Black Friday, vale a pena verificar se a conservatória em questão permite uma pré-reserva da data.
Esta pré-reserva implica que é possível “guardar” a disponibilidade do notário para a data e hora do vosso casamento, mesmo que o processo não esteja ainda aberto – é uma ótima opção para garantir que tudo acontece nos momentos desejados, mas há que ter em conta que nem todas as Conservatórias aderem a esta modalidade – nada como telefonar e perguntar!
♡ Uma dica nossa para poupar um pouco é abrirem o processo de casamento na Conservatória mais próxima do local da cerimónia, já que a deslocação do notário é paga pelos noivos. Assim, quanto menor a deslocação, mais económica se torna! ♡
Foquemo-nos no espaço do copo d’água por uns momentos: algo importante e a não esquecer é que os locais especializados em casamentos, na sua maioria, não fornecem apenas a comida e bebida, mas sim um conjunto de serviços, desde a decoração até à própria animação do evento, mesmo que o preço indicado seja (quase sempre) o valor da ementa por pessoa.
É por isso essencial perceber à partida, o que está incluído – com que serviços podem contar? Têm apenas o espaço e terão de contratar a refeição separadamente? Têm a comida, bebida e sítio para se sentar? Têm toda a decoração garantida, ou existe uma decoração base com upgrades disponíveis mediante um extra? E a animação?
Compreender essas condições ajudará para que possam também gerir o vosso orçamento, pois há que ter em conta que as primeiras impressões podem ser enganadoras, neste caso: um local que vos possa parecer mais dispendioso à partida, poderá não o ser se incluir mais (e bons) serviços do que outros espaços que estejam a analisar.
Vejamos as coisas por este prisma: imaginemos que estão no supermercado e precisam de comprar um sumo de fruta – os sumos “normais” costumam ser mais em conta, mas se gastarmos um pouco mais com um concentrado, temos um produto que dá para mais de 40 copos, o que acaba por compensar a longo prazo (e não, não fomos patrocinadas por um certo sumo que não será nomeado).
Para além dos serviços incluídos, um fator crucial é a flexibilidade e apoio das pessoas responsáveis pelo espaço. Afinal, é com elas que vão trabalhar durante largos meses (senão anos, dependendo de quando começarem esta aventura de organizar um casamento) e é essencial que haja empatia e compreensão de parte a parte. É parte do motivo pelo qual as visitas aos locais (presencial ou virtualmente caso necessário – viva as videochamadas!) são tão importantes, porque vos permitem conversar e conhecer um pouco as pessoas que se vão ocupar do vosso grande dia.
Por último, queremos ainda falar no que se tem vindo a tornar o nosso lema: Planos B!
Certifiquem-se de que os espaços nos quais estão interessados têm planos alternativos para que nada arrisque o vosso evento. Por exemplo, se existirem geradores de emergência, estarão protegidos em caso de um corte de luz generalizado; ou se o espaço se especializar em eventos ao ar livre, é conveniente ter outras hipóteses em caso de chuva ou vento excessivo.
Agora que concluíram este curso, está na hora de começarem a procura pelo local onde a magia irá acontecer! Vamos a isso?
Saibam também quais são os outros passos que consideramos essenciais para organizar um casamento aqui.
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