Antes de mais: o que queremos dizer com “Corte”? Voltámos aos tempos antigos de Reis e Rainhas? Por um dia, vamos dizer que sim! Os membros da Corte são, em suma, as pessoas com destaque no dia do casamento (embora, claro, não tanto como os protagonistas): Meninos das Alianças, Padrinhos, Damas de Honor, etc.
Esta é uma escolha delicada, pois envolve pessoas para além do casal e há sempre muito “ruído” que nem sempre facilita a decisão: talvez seja importante para a mãe da noiva (ou de uma das noivas) que a tia Alice seja madrinha; talvez o pai do noivo (ou de um dos noivos) queira muito que o filho do primo Joaquim seja menino das alianças; talvez se ouça ou se pense muito “Já viste como a pessoa X ficaria tão magoada se não a convidássemos para participar?”.
E se é verdade que estas situações podem ser complicadas ou desconfortáveis, também é verdade que o dia pertence ao casal e que as pessoas escolhidas para a corte devem ser as que mais fizerem sentido às estrelas da ocasião. A base desta escolha pode ter vários fatores, dos quais salientamos três:
- A proximidade ao casal: podem ser família, amigos chegados ou até pessoas que tiveram, de alguma maneira, influência na união em causa e que por isso mereçam algum reconhecimento sob a forma de destaque neste dia tão importante;
- Disponibilidade “espiritual” para ajudar na preparação para o evento e ao longo do dia em si: planear um casamento e assegurar-se de que tudo corre bem não é uma tarefa fácil! O casal pode precisar de bastante apoio das pessoas em redor e é importante que se escolham pessoas (quase) tão entusiasmadas com o evento como os noivos e que tenham predisposição para ajudar e tomar certas tarefas em mãos (mas com peso e medida, claro! A existir, deixemos o papel de bridezilla para um dos membros do casal);
- Disponibilidade financeira: Para além de ser um dia repleto de alegria e emoção, o casamento é também um evento naturalmente dispendioso. Assim, para apoiar o casal nesta questão, há certas tradições que dizem que os padrinhos, por exemplo, devem ajudar com algumas despesas, como é o caso da roupa, alianças, bouquet, etc. Este é um ponto sensível para muita gente e que tem de se ter em conta, sobretudo na gestão de expectativas! Será que as pessoas escolhidas podem ajudar neste âmbito? Será que vocês querem seguir as tradições e esperam que elas o façam? É um tema delicado que, sendo esquecido, pode colocar alguma tensão no ambiente do casamento e nas próprias relações pessoais envolvidas, por isso, convém pensar bem no assunto durante a definição de orçamento e na escolha da Corte.
O que é certo, é que por vezes existem mais pessoas importantes do que “papéis de corte” disponíveis. Uma boa forma de contornar esta questão é tentar envolver quem não pode fazer parte deste círculo, por um qualquer motivo: dêem-lhe a responsabilidade de gerir uma actividade, ou peçam-lhe para entrevistar os restantes convidados para o vídeo do casamento! Há mil e uma maneiras para que toda a gente possa participar e o essencial é que todos se sintam confortáveis e felizes nesta ocasião.
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